sábado, 30 de agosto de 2008

Gloster Intenso



Na tentativa de se atingir o standard de exibição, muito do teu trabalho vai ser com aves em que a textura das penas é buff (pássaros amarelos com uma grande percentagem de verde) em vez de Intensos.
Contudo, agora muitos dos criadores reconhecem a necessidade de ter um bom Gloster Intenso para uma melhor qualidade no seu viveiro.
O gloster Intenso devido principalmente a sua fina textura da pena, normalmente apresentam um aspecto delgado e comprido, em contradição com o standard de um glosterde exposição, por isso o uso regular de acasalamentos contínuos de Intenso X Intenso, ou IntensoX buff, é sem duvida um passo atrás na qualidade.
Ainda assim, depois de algumas gerações de acasalamentos de buff's, se for acasalado um gloster Intenso com um buff, o patamar de qualidade atingido é sem duvida inquestionável.

Usando o gloster Intenso na tua criação:
Nunca subestimes o uso do gloster Intenso no teu viveiro, o uso deste tipo de gloster pode melhorar ou quebrar a qualidade da tua criação.
É então essencial que tu mantenhas registos detalhados de todas as tuas aves.
Para beneficiar da introdução de sangue Intenso, precisarás de saber que quantidade de Intenso está em cada uma das tuas aves buff.
Além do mais, precisarás de mostrar um pouco de paciência antes de recolher as devidas recompensas, como precisarás de dar alguns passos atrás, antes de dar o verdadeiro salto em frente. Tu vais ver que mesmo um gloster Intenso excepcional, nunca se pode comparar com o seu homólogo buff, mas colocando dois casais em que cada um contenha um parceiro Intenso, mais tarde irás recolher bons dividendos.
Se não desejas te dedicar aos Glosters Intensos com o propósito de os levares a exposição, então deves ter uma linha de Intenso separados da tua criação principal. I
sto vai permitir fazer uso completo da segunda geração de crias Intenso/buff, para tentar eliminar qualquer aspereza que comece a aparecer na tua linha principal de criação de buff's.
Os Glosters buff's nascidos na segunda geração após o acasalamento com um Intenso, devem apresentar já um regresso as linhas exigidas pelo standard, enquanto continuam a mostrar a excelente plumagem herdada dos seus avós Intensos.
Qualquer Intenso nascido do acasalamento Intensoncom buff será uma adição bastante benéfica para o teu viveiro, mas de modo algum, saturar a tua criação.
Assim sendo, e desta forma eles apenas serão guardados se forem aves exemplares. Os consortes Intensos podem ser usados para tirar vantagem daqueles coronas com excepcionais bons corpos, que são o resultado da criação ideal, ou seja, retirar consortes buff's que exibam pena curta. Não infrequente esta ave mostra a falta de uma pena de boa qualidade na coroa, devido á quantidade de acasalamentos de buff's que foram usados nas gerações anteriores, e enquanto inútil para exposição, é ideal para o uso acima esboçado.

Manutenção da criação dos Intensos
Para começar a criar, e a manter uma boa criação de glosters Intensosde exposição, requer da tua parte uma considerável esperteza. A maioria dos problemas que tu encontrarás será causada pela delicadeza da pena intensa.Como exemplo, grande parte dos Intensos exibem um comprimento considerável de pernas e bicos pouco grossos. As penas que constituem a coroa, serão vistas como cabelo e longe do standard exigido para exposição. Contudo, apesar destas desvantagens todas, seguramente compensa a gloriosa profundidade da cor.
Com excelente material buff com que trabalhar, a criação de bons Intensosestá longe de ser impossível, contudo é requerida dedicação e paciência.
Nota:Não tentes obter uma excepcional profundidade da cor, pois logo verás que quanto maior for a profundidade da cor, pior é a plumagem que exibe.O que é necessário é um compromisso, onde a profundidade da cor é transportada, numa densa e boa textura de pena.
Uma vez isto alcançado, tu podes esperar para ver o aparecimento de um pouco de qualidade entre os consortes descendentes.
Vocábulo: Buff = Canário em que o corpo tem mais de 25% de cor amarela

Por: Nuno Iglésias

Gloster Azul



Tão atraente quanto a mutação branca dos glosters, este raramente toma o segundo lugar para o azul.
O branco claro podemos compara-lo com o claro normal, enquanto o azul é uma parte correspondente do verde.O gloster azul que exiba uma excelente forma, junto com comuns finos traços escuros num fundo azul, particularmente se é um corona que possui aquela marca de escuridão em toda a pena da coroa que acentua sua radiação, nunca falha na sua atracção.
Para criar este tipo de gloster é aconselhável que não mostrem nenhum defeito, especialmente na garganta.
O gloster azul é só um pigmento do branco estando então sujeito ás mesmas leis de herança, sendo sempre acasalado com parceiros de criação normais.
Genéticas
Casais para produzir azuis dominantes são:
Acasalamentos Resultado
1. Macho azul X Fêmea verde Jovem azul. Jovem verde
2. Macho verde X Fêmea azul Jovem azul. Jovem verde
3. Macho azul X Fêmea canela Machos azuis, portadores de canela. Fêmeas azuis. Fêmeas verdes
4. Macho canela X Fêmea azul dominante Machos azuis, portadores de canela, Machos verdes, portadores de canela. Fêmeas fawn. Fêmeas canela.
5. Macho azul, portador de canela X Fêmea canela Machos azuis, portadores de canela. Machos verdes, portadores de canela. Machos fawn. Machos canela. Fêmeas azuis. Fêmeas verdes. Fêmeas fawn. Fêmeas canela.
6. Macho azul, portador de canela X Fêmea verde Machos azuis. Machos azuis portadores de canela. Machos verdes, Machos verdes, portadores de canela. Fêmeas verdes. Fêmeas fawn. Fêmeas canela.Vocábulo: Fawn- Canários brancos com manchas canela.

Por: Nuno Iglésias

Gloster Canela



Em minha opinião, os tons subtis do Gloster canela pôs esta variedade de cor entre as cores de canário mais atraentes.
Devido á particularidade dos canelas para melhorar a estrutura da pena, o criador de Gloster's encontrará vantagens ao manipular sangue de canela em linhas semelhantes.
TER EM ATENÇÂO que o uso de muito sangue canela em sucessivas gerações de gloster conduzirá a uma deterioração da cabeça e da estrutura do pescoço( geralmente conduz ao seu estreitamento). Porém, a manipulação do canela, usada com criterios rigorosos é uma mais valia evidente na melhoria da qualidade da plumagem.
Ligação ao sexo
A herança da canela, têm ligação ao sexo, normalmente é difícil para um iniciado entender.Porém quando devidamente explicado, é relativamente simples.O gloster canela é efectivamente uma ave tri-colorida, sendo a sua cor básica ou cor de fundo, o amarelo ou o buff (variegado) a que chamamos cores lipocrómicas.
Sobreposto nesta cor aparece os pigmentos pretos e castanhos, conhecidos como melaninas.No gloster verde, a cor natural do canário selvagem, muito do castanho é mascarado pelo domínio do negro, mas se nós removermos a presença das melaninas pretas e deixarmos só as castanhas, ficamos perante uma ave canela.
Agora, aqui vem a parte menos clara, há dois tipos de aves canela:
PRIMEIRO, a canela visual. Estas aves têm os olhos vermelhos em jovens, que escurecerão até a idade adulta, na qual ficarão cor de ameixa, a cor da pena que a ave mostrará será a canela.
SEGUNDO, portador de canela (canela não visual).
Tudo o que foi dito anteriormente na canela visual acontece aqui, excepto a cor da pena, porque apesar de ser uma ave cheia de canela, ela está impossibilitada de expressar a cor canela na pena.( visualmente terá uma cor dominante: verde, azul...etc). A este segundo caso chamamos portador de canela.
Genéticas
Como resultado de acasalamento canela, o MACHO pode ser um destes três tipos:
1. Canela (canela visual)
2. Portador de canela (canela não visual)
3. Sem canelaA FÊMEA só pode ou ser canela (neste caso ela mostra isso visualmente), ou sem canela.
Há cinco possíveis acasalamentos que envolvem coloração canela:
Acasalamentos Resultado:
1. Macho sem canela X Fêmea canela Machos portadores de canela. Fêmeas sem canela (note-se que todo o macho portador de canela é normal em coloração, isto é, canela não visual)
2. Macho canela X Fêmea sem canela Machos portadores de canela. Fêmeas canela visuais (o resultado deste acasalamento as fêmeas descendentes podem ser determinadas pela saliência dos olhos rosa uma maneira de manifestação nos canelas).
3. Macho portador de canela X Fêmea sem canelaMachos e Fêmeas sem canela. Machos portadores de canela. Fêmeas canela.
4. Macho portador de canela X Fêmea canela Machos portadores de canela. Fêmeas sem canela. Machos e Fêmeas canela.
5. Macho canela X Fêmea canela Toda a descendência canela.
Nota:As fêmeas não podem herdar o gene de canela da mãe dela, nem ela o pode transmitir ásfilhas dela. Ela só pode receber isto do pai dela e só pode passar isto aos filhos dela.

Por: Nuno Iglesias

Conheça melhor o Canário Gloster...



Ao contrário de outras antigas espécies de canários cuja origem é motivo de muita especulação, a origem dos Glosters está muito bem documentada. O desenvolvimento desta espécie é relativamente recente, data de 1925. O nome de Mrs. Rogerson de Cheltenham em Gloucestershire ficara para sempre associado à criação e desenvolvimento desta raça. Mrs. Rogerson foi a primeira criadora a expor este pequeno espécime, com poupa, numa exposição em 1925 no Crystal Palace em Inglaterra. Na altura, este exemplar foi analisado pelos juizes que consideraram que o pássaro em causa apresentava diferenças face ao standard actual dos pássaros de poupa e que tinha potencial para evoluir como uma raça distinta. Foi nesta altura que, o exemplar em exposição, serviu para desenhar o primeiro "standard of excellence" que permitiu o desenvolvimento dos Glosters. No seguimento desse evento, um conhecido criador Escocês e juiz de renome, Mr. John McLay de Kirkintilloch, começou a cooperar com Mrs. Rogerson, e vieram a estabelecer as formas de referência. No livro de A.W.Smith "The Gloster Fancy Canary" é mencionado que a linha original de Mrs. Rogerson, teve como base cruzamentos de "Crested Roller Canaries" com os "Smallest Borders" que estavam disponíveis. A linha de Mr. McLay, consistia em pequenos "Crests" cruzados com um determinado tipo de Borders. Desta forma, geneticamente o Gloster é formado com base em três fontes distintas, no entanto, acabou por evoluir para uma espécie bastante diferente das suas origens. Apesar de ter tido uma evolução lenta, hoje em dia esta espécie apresenta tanto no seu país de origem , Inglaterra, como noutros Países como Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, etc.., inúmeros criadores e adeptos dos Glosters. É uma das espécies que, estando presente em qualquer exposição, se apresenta como uma das mais requisitadas e mais solicitadas quer por criadores experientes quer por criadores iniciados que querem começar a sua experiência no mundo da ornitologia. Nos Glosters existem exemplares com e sem poupa, sendo que se devem sempre acasalar entre si um exemplar de cada tipo. Estes exemplares, são conhecidos como CORONA (poupa) e CONSORT (sem poupa), que à parte da poupa apresentam o mesmo formato em termos de corpo. Têm como característica serem dos canários mais pequenos e robustos. É fundamental a postura e a plumagem destas aves, assim como a definição da cabeça, do peito, do tamanho das patas o alinhamento das asas, etc. Para além do descrito, todos os exemplares devem estar nas proporções adequadas e em perfeita harmonia, com a tendência para o tamanho diminuto.

Por Miguel Angelo Soares.
GLOSTER CONSORT
O Criador de Glosters, nos primeiros tempos, acreditava que o consort contribuía com algum factor na herança da coroa dos seus filhotes. Na suposição de que um dos pais do consorté corona, logo ele terá uma percentagem de corona.

Porém, apesar deste facto, o consort não contribui na verdade nada geneticamente para as coroas dos seus descendentes, porque o consorté homozigótico para factor de cabeça lisa onde o corona têm o factor dominante.

Se o consorttiver recebido o factor coroa do progenitor que for corona, claro que, terá que desenvolver uma coroa, isto é, está debaixo da influência do gene corona dominante.

Usando o Gloster Consort na tua criação:
Como se explicou anteriormente, o consort não contribui em nada geneticamente para as coroas dos seus filhotes, contudo a influência que o consorttem nos seus filhotes coroados nunca deve ser menosprezada.

No consort é mais fácil de apreciar a forma do crânio da ave, porque não é como no corona onde o crânio é escondido pelas penas da coroa.

Quando seleccionar os seus casais, é essencial que o consort complemente o seu parceiro corona. Este aspecto complementar de acasalar as aves, vale a pena, quanto mais se tentar contrabalançar os pontos negativos de uma ave com os pontos positivos de outra. Este tipo de criação leva alguns anos de trabalho para um total aperfeiçoamento da sua equipa de Glosters; contudo se este tipo de acasalamento for feito, as aves trabalhadas nunca serão consideradas as piores na avaliação de uma exposição.

Nota: Seja exigente quando selecciona quais as aves que vai manter para criação.

Os padrões de exibição requerem que o consort exiba uma cabeça redonda. Com bastante crânio de topo, e não mostrando penas apertadas atrás dos olhos, dando uma aparência de chicote. Qualquer que seja o ângulo em que a cabeça é vista, ela deve ter uma igualdade constante. Quando uma cabeça de um consort for alcançada, é possível colocar uma coroa que ela se ajusta perfeitamente.

A textura da pena deve ser levada em grande consideração. Na textura, deve-se complementar o seu parceiro coroado. Aqui podemos fazer uso da textura de pena menor, largamente exibida pela maioria dos consorts de qualidade. Browning leve em cima dos olhos é desejável, mas numa raça como o Gloster Fancy onde é esperado que o corona tenha um conjunto circunscrito de penas na cabeça; diferente do seu parente maior o Crested, o browing pesado que constitui aquela crista que cria um olhar de “mal-humorado” não é necessário nem desejável.
GLOSTER CORONA
Nos Gloster Fancy, a ave com poupa é conhecida comocorona, e é provavelmente a grande responsável pelo enorme número de pessoas que criam Glosters Fancys.

A coroa actual é causada por uma mal formação do crânio e resulta em penas que se ordenam em forma circular. Isto foi conseguido até ao seu estado presente de perfeição, dentro dos Glosters Fancys, por criação selectiva durante os últimos 75 anos, desde que a raça foi reconhecida como um tipo de canário.

O factor da coroa foi demonstrado como um factor dominante, e o Gloster Coronapode passar isto para 50% dos seus descendentes se o acasalamento consistir em 1 consort X 1corona.

Nota: È possível, como eu disse anteriormente acasalar 1 consort X 1consort, isto já não é recomendável nos corona.

Se se reunir dois genes dominantes, estará-se a produzir um factor letal. O filhote que herdar esta combinação será impossível de vingar, e normalmente sucumbe logo antes de ser chocado, ou seja, com um acasalamento de dois coronas haverá uma taxa de 25% de mortalidade. Mesmo que tivesses êxito a criar uma ave destas, uma vez fora do ninho, é provável que seja mais susceptível a ajustes ou deficiências mentais.

Se se vir mais de perto a genética de um acasalamento corona X corona verás que não é possível obter melhor do que, como as aves nascidas com um acasalamento de consort X corona. Concluindo, o acasalamento de corona X corona não oferece qualquer vantagem.
Usando o Gloster corona na tua criação:
Agora que sabemos como o corona herda a sua coroa, é possível ver qual é o standard tipo para uma exposição. Pressupondo, que o criador está a usar aves próximas da perfeição em atributos corporais tanto quanto possíveis.

Quando se cria para exposição, há duas coisas que devem ser consideradas:

As aves de exibição são o produto final de uma cadeia de acasalamentos seleccionados, e são um stock de aves que formam a continuação da cadeia de criação. (Tal como a criação dos canelas e dos amarelos.)

Pode-se dizer que necessitamos na criação de coronas, de uma ave que mostre uma boa qualidade de penas na coroa para se visualizar uma base próxima da perfeição.

Pontos que devem ser evitados ao seleccionar os coronas para criação, é aves em que faltam penas na coroa particularmente á frente, e os que têm o centro da coroa longe da frente. Também as coroas que têm o centro muito perto da frente e os que têm uma prega entre a coroa e o pescoço.

Todos estes pontos são extremamente difíceis de tirar da criação, e se alguns destes pontos forem usados, serão encontrados durante anos na nossa criação.

Tal como é mencionado na informação dos grizzles, a forma mais desejável para produzir coronas, para exposição, é da variedade escura, e para este fim, o Gloster verde foi dado como possuindo o tipo de qualidade mais excelente das penas nos Glosters Fancys. O Gloster verde é agora provavelmente, e universalmente aceite como sendo a ave mais útil dentro do nosso viveiro de Glosters Fancy.
Por Nuno Iglésias.